Os campeões nacionais e o “novo capitalismo”

 

Quem pode ser o novo Keynes em um novo Bretton Woods?

Por Bruno Pavan

 

De 2002 até hoje o Brasil resolveu extinguir a política externa que tirava os sapatos em aeroporto norte-americano.

 

A postura subserviente aos interesses dos ricos irmãos do norte aos poucos foi deixada de lado e o Brasil começou a procurar seu espaço no cenário internacional.

 

Aproximando cada vez mais de países vizinhos, o governo Lula resolveu fortalecer o Brasil no continente pela “parte de baixo”.

 

Se aproximou ainda mais do governo Venezuelano e evitou de entrar em confronto com a Bolívia no episódio da nacionalização do gás.

 

Ao mesmo tempo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tinha uma postura agressiva como símbolo da nova Política Externa: fazer campeões nacionais brasileiros.

 

A tática era simples: emprestar dinheiro para grandes empresas fazerem aquisições no exterior.

 

Ao todo, o banco injetou R$ 18 bilhões nos frigoríficos JBS e Mafrig, na Lácteos Brasil (LBR), na OI e na Fibria.

 

Hoje, em entrevista exclusiva ao Estadão, o presidente do Banco Luciano Coutinho pôs um ponto final nessa política de Estado.

 

Desde 2008, o mundo procura por um novo caminho ao capitalismo. Difícil olhar para os EUA e pensar que alguma mudança vá partir de lá. A Europa olha para seu próprio umbigo, com as decisões cada vez mais nas mão de um só país que repete receitas que não deram certo no passado.

 

Os BRICS nasceu como um grupo de países emergentes que parece querer virar algo mais sério.

 

A última novidade é que vão criar um banco de desenvolvimento para patrocinar obras nos países membros.

 

Apesar de serem influentes em suas áreas nos continentes, acredito que é preciso ser mais do que isso para tentar mudar o modus operandi do capitalismo mundial.

 

É preciso haver uma sintonia muito maior, como no campo da política, por exemplo. Fora que o Brasil tem inúmeras contestações contra a China por praticar um “câmbio sujo” para baratear seus produtos no mundo. Além, é claro, de contar com uma mão de obra muito mais barata.

 

Este editor não acredita, no século XXI, em uma revolução marxista em que os trabalhadores tomem de assalto os meios de produção capitalistas.

 

Acredita em uma reforma em que mais países “sentem na mesa” do poder. Mas ao mesmo tempo acha que países emergentes podem se tornar potências com pensamentos menos intervencionistas e imperialistas.

 

Não sei, nesse momento, pra que lado minha gangorra ideológica está pesando mais.

 

Este blog pensa que o passo à frente do Lulismo, internamente, passa por um respeito maior aos direitos humanos.

 

Economicamente, vê que Dilma não tem um caminho tão traçado quanto o do governo Lula.

 

Talvez falte à Dilma um Lula, para fazer a política em seu governo.

 

Lula tinha em seu governo uma Dilma, para gerenciar o país enquanto o presidente fazia política.

 

Talvez, deva olhar para a Casa Civil com mais carinho e descentralizar um pouco as decisões.

 

Ilações deste pobre editor…

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